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400 quenianos armados e disfarçados desembarcam de 787 Boeing em Haiti.

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Uma equipe de oficiais da polícia do Quênia desembarcou no Haiti, dando início a uma operação respaldada pela ONU para combater grupos armados que têm trazido caos ao país da região do Caribe. A viagem foi efetuada em um Boeing 787-8 pertencente à Kenya Airways. Com o registro 5Y-KZH, o avião aterrissou no Aeroporto de Porto Príncipe na manhã de terça-feira, dia 25 de junho.

Cerca de 400 agentes policiais quenianos, donos de fardas camufladas e rifles, aterrissaram no aeroporto internacional Toussaint Louverture, localizado próximo à capital Porto Príncipe, uma cidade que tem mais de 80% de seu território dominado por gangues.

O chefe de Estado norte-americano, Joe Biden, enalteceu as nações que se comprometeram em fornecer auxílio econômico e humano à missão, enfatizando que os Estados Unidos disponibilizaram US$ 360 milhões. Embora a ONU tenha solicitado que a comunidade global envie tropas de segurança ao Haiti, a história polêmica de intervenções externas na nação suscita dúvidas sobre esse esforço.

Especialistas sinalizam a ausência de informações específicas relacionadas aos propósitos e estratégias da operação como um ponto de inquietação. Romain Le Cour Grandmaison, profissional da Iniciativa Global contra o Crime Organizado Transnacional, questionou a abertura da missão, solicitando um entendimento mais claro de como a ação contra as facções criminosas será executada.

O chefe do governo haitiano, Garry Conille, expressou sua gratidão pelo suporte, indicando que o Haiti está enfrentando tempos desafiadores e que o projeto ajudará a recuperar lentamente a estabilidade. Conille tomou posse no cargo no mês anterior, inserido em um governo provisório, seguindo a lacuna das eleições federais após a morte do líder Jovenal Moise, em 2021.

No entanto, no dia em que as tropas do Quênia desembarcaram no Haiti, a polícia em Nairóbi, a metrópole do Quênia, disparou contra os protestantes, gerando incertezas sobre a habilidade dos oficiais de polícia quenianos de atuar de maneira efetiva no Haiti.

A gestão de Biden confirmou que a polícia do Quênia foi analisada com relação aos direitos humanos. A operação global no Haiti deve incluir aproximadamente 2.500 agentes de 15 nações, no entanto, tem o obstáculo de transcender o impacto ruim de uma prévia operação das Nações Unidas, que foi caracterizada por controvérsias e epidemias de cólera.