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Airbus impõe trabalho de fim de semana para evitar perdas financeiras

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A Airbus instruiu os funcionários de sua unidade de produção perto de Montreal, onde o modelo A220 é montado, a realizar horas extras compulsórias durante os finais de semana para compensar o atraso na fabricação do jato, que tem provocado prejuízos financeiros. Essa informação foi compartilhada com a Reuters por indivíduos bem informados sobre a questão.

Representantes da filial canadense da Airbus se reuniram com o sindicato International Association of Machinists and Aerospace Workers (IAM) na quarta-feira passada para conversar sobre o projeto. As pessoas que forneceram tais informações optaram por ficar no anonimato.

Atualmente, as inquietações estão aumentando em relação a questões de suprimento no maior produtor global de aeronaves. Conforme relatado pela Reuters no mês passado, a Airbus está lidando com pressões industriais causadas por falta de componentes e pessoal, prevendo-se que um número significativo de aeronaves experimente postergações extras na fase de montagem na segunda metade do ano.

Informações provenientes da indústria indicam que o A220, que pode acomodar aproximadamente 110 a 130 passageiros, é um dos modelos mais impactados pelos contratempos na produção. Os efeitos destes recentes atrasos na meta de entrega global de 800 aeronaves neste ano pela Airbus permanecem incertos.

A notícia divulgada pela Reuters indica que houve uma queda na eficiência do A220 em março na instalação da Airbus perto de Montreal, devido ao fato dos 1.300 empregados aplicarem estratégias de pressão ao longo dos diálogos contratuais.

A meta da Airbus é elevar a fabricação dos aviões A220 para 14 exemplares mensais até 2026, com a produção sendo dividida entre a instalação em Mirabel, Quebec (Canadá), e outra em Mobile, Alabama (EUA), um crescimento em comparação com as seis unidades produzidas por mês em dezembro de 2022.

Christian Bertrand, líder do sindicato local de operadores de máquinas que representam os empregados do A220, afirmou que “antes de instituir horas extras, há procedimentos que devem ser seguidos conforme o contrato coletivo”. Os sindicatos estão utilizando o mercado de trabalho restrito para defender condições de trabalho mais adaptáveis.