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Alerta anual: perigos da liberação de balões durante as festas juninas

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A presença de balões de ar quente sem tripulação, comumente referidos como balões juninos, tornou-se motivo de alarme durante maio, junho e julho no Brasil. Mesmo vinculados a uma tradição comemorativa em certas partes do país, esses objetos possuem um perigo latente para a segurança dos voos e para a população, de modo particular quando cruzam áreas de alta densidade populacional nas cidades.

As iniciativas de sensibilização fazem parte das estratégias empregadas pela Força Aérea Brasileira (FAB) para alertar o público sobre a questão.

Conforme o CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), as cidades que mais reportam avistamentos de balões de ar quente não tripulados nessa estação do ano são Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba. Durante os cinco primeiros meses de 2024, houve um total de 186 registros. Liderando a lista está o Aeroporto Santos Dumont no Rio de Janeiro com 23 ocorrências, seguido pelo Aeroporto Internacional de Viracopos em Campinas, São Paulo, com 21 incidentes, e fechando a lista o Aeroporto de Bacacheri em Curitiba, Paraná, com 14 registros.

O risco se intensifica quando o clima dificulta a visibilidade e, por consequência, impede a manobra evasiva que o piloto poderia realizar em tempo hábil. De acordo com o peso do balão e a velocidade da aeronave, a força do impacto pode atingir até 250 toneladas. Por exemplo, um balão de 15 quilos, categorizado como pequeno, ao chocar-se contra uma aeronave voando aproximadamente a 300 Km/h, gera uma força de impacto de três toneladas e meia.

A ação, que é considerada ilegal, pode resultar em sérias implicações, ameaçando a segurança da aviação, a existência humana e a sustentabilidade ambiental.

O Setor de Regulação do Espaço Aéreo está alerta ao problema relacionado aos balões desocupados. Medidas são implementadas quando um balão é detectado. A primeira atitude dos controladores de tráfego aéreo ao obter tais informações é alertar todos os operadores próximos ao local onde o balão foi visto. Os pilotos também são avisados sobre essa situação por meio do ATIS, uma comunicação recorrente gravada que fornece dados sobre o estado do aeroporto e áreas contíguas”, esclarece o Diretor do Subdivisão de Operações do DECEA, Brigadeiro do Ar André Gustavo Fernandes Peçanha.

Dados provenientes do DECEA.

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