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Aumento robusto previsto para aviação africana até 2030: IBA

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A IBA, uma consultoria especializada em inteligência de mercado aeronáutico, antecipa uma expansão robusta na indústria aérea africana. A firma projeta que o aumento no número de passageiros após a pandemia persistirá no mercado aéreo africano, com uma taxa de crescimento anual composta de 4,7% na área até o término da década.

Diversas empresas de aviação têm expandido a capacidade de vôos para a África, com um incremento médio de 8,4% do segundo trimestre de 2023 ao mesmo trimestre de 2024. Especificamente, viu-se um salto expressivo de 38% na capacidade de lugares oriundos da região Ásia-Pacífico e um notável aumento de 105% na capacidade de lugares dos voos originários da América Latina.

A expectativa é de que haja um aumento de 8% no volume de voos para a região este ano, com expansão nos setores de voos nacionais, internacionais e intercontinentais.

A Ethiopian Airlines mantém sua posição como a principal operadora da região, registrando 12,79 milhões de ASK (Assentos Disponíveis por Quilômetro) no segundo trimestre de 2024, o que representa um crescimento de 8% em relação ao ano passado. Apesar disso, algumas empresas aéreas de menor porte incrementaram sua capacidade de forma mais notável durante este período, como é o caso da TAAG (81%), Air Cairo (30%), Kenya Airways (21%) e Egyptair (14%).

Várias solicitações foram feitas pelas companhias aéreas africanas, onde a Ethiopian Airlines sobressaiu-se ao solicitar 90 aviões. A deliberação sobre os pedidos foi significativamente influenciada pela variação de preços do querosene aeronáutico e dos custos de compensação de emissões. As aeronaves solicitadas por essas empresas africanas são diversas, com ênfase na família Boeing 737 (57 aviões), a família Airbus A350 (35), a família Boeing 777 (30) e a família Boeing 787 (26).

Embora o preço elevado dos aviões, houve um leve crescimento na rentabilidade que possibilitou às empresas aéreas da África diminuir seu endividamento líquido. Contudo, a IBA projeta que a margem líquida de lucro média para o ano fiscal inteiro de 2023 para as empresas aéreas em toda a África continuará sendo negativa em -3%.

A IBA antecipa que os ganhos das empresas aéreas africanas voltarão ao patamar de 2019 em 2024, todavia, as perdas persistirão até 2025. O estudo de risco conduzido pela IBA indica que algumas linhas aéreas na África terão um risco maior em relação a outras localidades internacionais, com sua taxa de risco para a África sendo de 53% para 2024, em contrapartida a uma média mundial mais positiva de 72%.