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Azul reinicia operações na Argentina após pausa de 4 anos

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A primeira viagem da Azul para Bariloche, realizada no sábado, simbolizou a retomada das atividades da empresa de aviação brasileira na Argentina, após um intervalo de quatro anos.

Em março de 2017, a Azul aterrissou no território nacional, estabelecendo uma conexão entre Buenos Aires e Belo Horizonte através de aviões Embraer E195. A companhia tentou por inúmeros anos estabelecer uma rota aérea entre os dois países, entretanto, os tratados bilaterais a impediam de dar início à iniciativa, conforme divulgado pelo site colaborador Aviacionline.

O primeiro trajeto originou-se da sua segunda principal base, localizada na capital mineira, que a princípio tinha operações todos os dias, evoluindo para dois voos diários, com a substituição do Embraer E195-E1 pelo Airbus A320neo. A empresa de aviação tirou proveito do tratado de Fortaleza, que servia como alternativa ao pacto bilateral, possibilitando a ligação de uma cidade no Brasil com a Argentina mesmo sem a presença de um operador.

Portanto, o segundo percurso realizado foi de Bariloche para Campinas, ocorrendo no período de verão de 2017/18. Durante essa estação específica, duas rotas nunca antes navegadas foram apresentadas, sendo elas Buenos Aires para Navegantes e para Cabo Frio, a última sendo por uma temporada.

Prosseguindo com suas estratégias de crescimento, iniciaram rotas aéreas para Córdoba e Rosário, a partir de sua terceira plataforma no Brasil, em Recife, em março de 2018. Em julho de 2018, ambas as metrópoles argentinas foram beneficiadas com voos ao sul do Brasil, proporcionando conexões com Porto Alegre e oferecendo a possibilidade de viajar para outros municípios brasileiros a partir desse ponto.

Em um curto período de tempo, a Azul se estabeleceu como uma das líderes no saturado setor aéreo entre Argentina e Brasil, que naquele momento contava com dez concorrentes.

No início de 2019, a empresa de aviação divulgou a introdução das rotas aéreas de Campinas para Buenos Aires, depois de vencer obstáculos administrativos. Por um longo período, a permissão foi refutada por um acordo de dois lados, vendo Campinas como uma extensão da cidade de São Paulo.

A Azul já chegou a disponibilizar até um trio de voos diários entre Campinas e Buenos Aires, com uma diminuição gradual em Belo Horizonte. Em simultâneo, foi divulgado que a trajetória Bariloche-Campinas estaria disponível durante todos os meses do ano.

Lamentavelmente, a turbulência monetária começou a impactar a Argentina, descontinuando as viagens para Córdoba e Rosário, inicialmente a partir de Porto Alegre, em março de 2019, em conjunto com a rota Buenos Aires - Navegantes. Posteriormente, foi divulgado que as rotas de Belo Horizonte para Buenos Aires e de Recife para Córdoba e Rosário seriam interrompidas em abril de 2020.

Apesar do pronunciamento prévio sobre a ligação entre Buenos Aires e Recife, o avanço da COVID-19 resultou no cancelamento prematuro dessas rotas.

Segundo a ANAC Argentina, no período de 2018 a 2020, a Azul foi responsável pelo transporte de 742.561 viajantes, com um índice médio de ocupação de 87%, o que a classificou como a quarta principal empresa aérea na conexão entre as duas nações (em um total de 10), especialmente nos períodos de maior demanda.

Até o momento, a Azul não declarou sua volta para outras localidades argentinas, mesmo que Bariloche represente um estágio inicial. A Azul estava entre as três empresas de aviação que ainda não haviam retornado ao país, sequência da pandemia, juntamente com a Air New Zealand e a Qatar Airways.