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Boeing 737 max danificado a 32.000 pés em "dutch roll"

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O órgão governamental responsável pela aviação nos Estados Unidos (FAA) notificou um episódio onde um Boeing 737 MAX experimentou danos significativos ao entrar em um padrão de “dutch roll” a uma elevação de 32 mil pés (9.700 metros).

De acordo com o The Aviation Herald, o relatório da FAA expressa que, em 25 de maio, o avião Boeing 737 MAX-8, registrado com o número N8825Q e gerido pela Southwest Airline, “passou por uma situação de ‘dutch roll’”, contudo, a equipe a bordo logrou retomar a direção.

No que diz respeito à terminologia técnica, o “dutch roll” representa uma oscilação da aeronave em torno de seu eixo vertical (vice-versa com o nariz) e do eixo longitudinal (levantamento de uma asa em detrimento da outra), também conhecido como acoplamento de guinada e rolagem. No entanto, neste caso, o acoplamento não está sincronizado.

O vídeo apresentado a seguir representa um exemplo de como uma aeronave se comporta quando entra em tal movimento descoordenado. A força do movimento não precisa ser precisamente a mesma que esta do vídeo, podendo alterar conforme diferentes elementos.

O movimento oscilatório conhecido como dutch roll é um resultado direto das especificidades do design de certos modelos de aeronaves. Geralmente, este fenômeno é bastante atenuado na maior parte dos aviões de pequeno porte, apesar de haver exceções em algumas aeronaves. Aumentar a estabilidade do dutch roll de maneira artificial é possível através da implementação de um estabilizador de guinada (yaw dumper).

Posicionando as asas acima do ponto central de gravidade, inclinando-as para trás e tornando-as diédricas (onde a extremidade é mais elevada do que a base, formando um ângulo ascendente), incrementa-se a força restauradora do movimento de rolagem, provocando assim, a tendência ao dutch roll. Isso justifica por que aviões com asas altas costumam ser ligeiramente anédricas (as extremidades são mais baixas que a base, como no caso do Antonov An-124) e, os aviões de transporte com asas inclinadas são dotados de absorvedores de oscilação.

Segundo o informe da FAA, a avaliação após o voo detectou prejuízos à PCU de backup e a aeronave apresentou danos consideráveis, categorizando o ocorrido como um acidente, o que desencadeou a abertura de uma investigação.

A sigla PCU se refere à Unidade de Controle de Potência. Esta é um tipo de atuador que administra o leme, que é a parte ajustável da cauda vertical.

O avião Boeing 737 MAX estava executando o trajeto WN-746, partindo de Phoenix com destino a Oakland (EUA), transportando 175 viajantes e uma equipe de 6 pessoas. Logo que a equipe recuperou o comando, a aterrissagem ocorreu sem problemas na pista 30 de Oakland, aproximadamente 55 minutos após o incidente.

O avião permaneceu estacionado em Oakland até o dia 6 de junho de 2024, subsequente a isso, foi transferido para Everett, no complexo da organização ATS, conhecida pela especialidade em realizar manutenções, consertos e revisões, onde ainda se encontra até a presente data.

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