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Boeing acusada de esconder defeitos no 737 Max de órgãos reguladores

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Uma descoberta recente revelada por um empregado presente na Boeing indicou que a corporação tentou encobrir de entidades reguladoras componentes danificados ou não conformes do jato 737 MAX. Conforme a análise da subcomissão do Senado, disponibilizada na terça-feira (18), a Boeing aparentemente perdeu o domínio sobre tais componentes.

De acordo com a Newsweek, Sam Mohawk, um informante que atua na divisão de controle de qualidade da Boeing em Renton, Washington, realiza acusações contra a companhia por ocultar componentes não aprovados e adulterar documentação para ludibriar a Federal Aviation Administration (FAA). Mohawk suspeita que grande parte desses componentes desclassificados tenham sido utilizados em determinadas aeronaves.

A Boeing confirmou que obteve o documento dos pesquisadores do Congresso na noite de segunda-feira (17). Em um pronunciamento, a corporação declarou: “Estamos examinando as queixas (…) Continuamente motivamos nossos colaboradores a compartilhar quaisquer inquietações, uma vez que nosso compromisso principal é assegurar a proteção de nossas aeronaves e dos passageiros que as utilizam.”

O CEO da Boeing, Dave Calhoun, lidará com essas recentes acusações durante seu primeiro comparecimento ao Congresso na terça-feira (18). Em adição às acusações recentes, Calhoun também tratará de outras reivindicações de informantes sobre problemas de segurança na Boeing. Em sua declaração preparada, Calhoun reconhecerá dificuldades no ambiente corporativo, mas refutará a ideia de que a Boeing tenha reagido adversamente àqueles que destacaram preocupações com a segurança.

Muitas opiniões têm sido expressas acerca da cultura da Boeing. Calhoun confirmará em sua declaração que essas pontuações foram recebidas de forma clara e incisiva. “Nossa cultura não é imaculada, porém estamos tomando providências e evoluindo. Estamos cientes da seriedade da situação e somos firmes em nosso propósito de avançar.”

A Boeing está sob forte fiscalização, estando sujeita a diversas investigações federais e sessões no Congresso desde o ocorrido no dia 5 de janeiro, quando um avião Boeing 737 MAX da Alaska Air sofreu danos em um painel da fuselagem, localizado onde normalmente seria uma porta, durante o voo. Isso resultou em um buraco no avião e danificou a imagem da empresa.

Adicionalmente ao constrangimento gerado na sessão do Senado, a FAA instruiu a Boeing a aprimorar seus procedimentos de segurança antes de prosseguir com a produção em larga escala, o que gerou obstáculos para as empresas aéreas que esperam pelos aviões pedidos. Como resultado, os clientes enfrentam preços mais elevados e a confiança na marca da empresa foi profundamente afetada.