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Boeing enfrenta rigorosa fiscalização pós-problemas com o 737 max

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A Boeing está enfrentando um aumento da supervisão dos órgãos reguladores e fiscalizadores dos Estados Unidos, em relação às suas medidas de segurança e qualidade. Isso é resultado do caso ocorrido em 5 de janeiro, quando uma tampa de uma saída de emergência desativada de um Boeing 737 MAX 9 da Alaska Airlines se desprendeu durante o voo. Esse episódio gerou um exame reforçado sobre a companhia, impactando sua fabricação e gestão, conforme relatado pela Reuters esta semana.

O produtor de aeronaves está fabricando seus jatos MAX, vitais para a entrada financeira, a um ritmo mais lento enquanto se esforça para resolver as questões encontradas. Esta situação também provocou uma reorganização no alto escalão da Boeing e resultou em uma redução expressiva no valor de suas ações ao longo do atual ano.

A SEC (Securities and Exchange Commission) dos Estados Unidos está realizando uma investigação sobre os comunicados da Boeing a respeito de suas normas de segurança. O objetivo é verificar se a companhia ou seus gestores ludibriaram acionistas, infringindo desta maneira as regras do órgão regulador de Wall Street. A notícia veio à tona em 9 de maio, conforme reportado pela Bloomberg News.

A Agência Federal de Aeronáutica (FAA), no dia 11 de janeiro, declarou a instigação oficial referente aos aeronaves 737 MAX 9 da Boeing após o episódio envolvendo o painel interno, destacando que a situação “não deveria ter transcorrido e não pode se repetir”.

Mais adiante, ainda durante o mês de janeiro, a FAA declarou que a expansão da produção do 737 MAX não seria aprovada até que houvesse um estabelecimento de procedimentos de inspeção e reparos para as aeronaves que ficaram fora de serviço após o problema. Em 28 de fevereiro, a FAA solicitou que a Boeing elaborasse um plano completo para corrigir “problemas sistêmicos de controle de qualidade” dentro de um prazo de 90 dias, depois de um encontro que durou o dia todo com o CEO em vias de saída da companhia, Dave Calhoun.

Na passada sexta-feira (17), Calhoun informou que a companhia irá se encontrar com o FAA “em breve” para entregar um plano definitivo que atenda ao limite de 90 dias estipulado pela autoridade reguladora dos EUA.

No mês de março, o FBI comunicou aos viajantes que estiveram a bordo do voo da Alaska Airlines que eles poderiam ter sido alvo de um delito, de acordo com correspondências visualizadas pela Reuters. No começo de maio, o Departamento de Justiça (DOJ) declarou numa ação jurídica que a Boeing não cumpriu com seus compromissos em um acordo de 2021, o qual resguardava a companhia de ações penais ligadas aos desastres fatais dos 737 MAX em 2018 e 2019, que ocasionaram a morte de 346 indivíduos. O DOJ orientou a Boeing a se manifestar até o dia 13 de junho e planeja determinar se processará a corporação até o dia 7 de julho, conforme consta no processo.