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Boeing ignorada: russos autorizam Aeroflot a manter aeronaves 787

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A Aeroflot Technics, empresa responsável pela parte técnica do Grupo Aeroflot, recentemente adquiriu a certificação FAP-109, após passar por uma auditoria realizada pela Agência Federal de Transporte Aéreo (Rosaviatsia). Esta certificação lhe permite realizar manutenções operacionais em aeronaves Boeing 787 no Aeroporto Sheremetyevo, em Moscou.

Conforme divulgado pela imprensa russa, a autorização viabiliza o auxílio aos voos de empresas aéreas internacionais que usam este modelo de aeronave em Moscou. Vale recapitular que, no momento, nenhuma empresa de transporte aéreo da Rússia usa o Dreamliner.

A Agência Federal de Aviação conduziu avaliações nas seções de trabalho da Aeroflot Technics, analisando a competência técnica do pessoal e a aderência às políticas internas da corporação. De igual modo, foram conduzidos exames nas zonas de fabricação, almoxarifado e áreas de escritório.

A Aeroflot Technics segue as normas atualizadas do Regulamento Federal de Aviação. Com a licença concedida, os profissionais do negócio são capacitados para efetuar a manutenção operacional do Boeing 787, que abrange a identificação e resolução de dificuldades não só na aeronave, mas também nos motores GEnx-1B.

Atualmente, na Federação Russa, o 787 é utilizado por empresas como Qatar Airways, Uzbekistan Airways, Ethiopian Airlines, Etihad Airways e Oman Air, embora apenas as duas últimas realizem voos para Sheremetyevo. Possíveis adições futuras à lista de operadoras podem incluir empresas aéreas chinesas, tais como Air China, China Eastern, China Southern e Hainan Airlines, que já possuem operações no Sheremetyevo com outras variedades de aeronaves.

É importante ressaltar que a Aeroflot Technics é a mais significativa entidade de manutenção aeronáutica na Federação Russa e na CEI, encarregando-se da manutenção operacional e de rotina dos Boeing 737, 747, 777, 787, Airbus A350, A330, A320neo, A320ceo e Superjet 100. Ela se destaca como a única instituição na Rússia devidamente autorizada a efetuar manutenção intensiva nos Boeing 747 e 777, assim como manutenção regular no Airbus A350.

É importante enfatizar que a autorização foi concedida desconsiderando a Boeing, isto é, sem uma concordância antecipada da produtora norte-americana, dado que a Rússia está sob sanções devido à invasão e à guerra contínua na Ucrânia. Isto implica que é pouco provável que as companhias aéreas “mais responsáveis” no que tange à segurança permitam que suas aeronaves sejam encaminhadas para serviços de manutenção intensiva na Rússia.