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Boeing planeja compra da Spirit Aerosystems ainda este ano

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A Boeing está comprometida em concluir um acordo para adquirir a Spirit AeroSystems, uma produtora de fuselagens de 737, e a transação poderá ser finalizada antes do término de junho.

De acordo com Brian West, o diretor financeiro da Boeing, em 23 de maio, ele reafirmou o objetivo da Boeing de se unir à fornecedora, atualmente em meio a contratempos financeiros e operacionais. Ele insiste que, apesar da Boeing lidar com desafios similares, eles estão firmemente convencidos de que a união de ambas as empresas será mais vantajosa.

”Continuo confiante de que poderemos concluir um acordo no segundo trimestre, entretanto, é uma operação significativa e complicada e não iremos precipitar-nos”, afirmou West em um simpósio para investidores promovido pela Wolfe Research. “Spirit e Boeing estão convencidos de que a reestruturação deste empreendimento é relevante em múltiplos aspectos”.

No mês de março, a Boeing manifestou a intenção de comprar a Spirit AeroSystems, uma empresa com sede em Wichita. A empresa alega que a compra auxiliaria na solução dos problemas de qualidade que vêm incomodando o fornecedor vital por um período prolongado. Em 2005, a Boeing se desfez do empreendimento que posteriormente se tornou a Spirit.

As debates estão acontecendo no momento em que a Boeing está sob severa análise depois da detonação em pleno voo de um plugue de porta de um 737 Max 9 da Alaska Airlines em janeiro.

A Spirit é uma fornecedora de fuselagens de 737 para a Boeing, localizada em Renton. Há desacordo entre os analistas sobre como os problemas de qualidade da Spirit poderiam ser efetivamente resolvidos sob a administração da Boeing. No entanto, eles concordam que essa aquisição poderia ser difícil, já que a Spirit produz componentes aeronáuticos cruciais para outros clientes, como a Airbus.

Os especialistas sugerem que a Spirit possivelmente teria que transferir algumas ou todas as suas operações para outros clientes como pré-requisito para a compra da Boeing.

Quando questionado acerca de potenciais desinvestimentos no dia 23 de maio, West apenas responde que a Boeing deve proporcionar à Spirit o “tempo necessário para lidar” com suas tarefas para outros clientes. “Estamos realmente convictos da fundamentação estratégica dessa transação”, ele complementa.