Comissaria

Postado em

- 2 min read

Caças F-35 europeus prontos para missões nucleares da OTAN este mês

img of Caças F-35 europeus prontos para missões nucleares da OTAN este mês

A primeira frota europeia de caças F-35, estacionada na Holanda, será equipada para operações nucleares da Aliança do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em junho, conforme indicado por Jens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, em uma conferência de imprensa anterior a um encontro de ministros de defesa da aliança, em Bruxelas.

De acordo com Stoltenberg, a assembleia ministerial incluirá uma sessão do Grupo de Estratégia de Armas Nucleares, onde os parceiros vão discutir sobre a adaptação contínua das habilidades nucleares à atual paisagem de segurança, informou a entidade governamental russa TASS.

”Essa modificação tem obtido grandes avanços. Em junho, a Holanda vai disponibilizar o primeiro jato de combate F-35 para as operações nucleares da OTAN, enquanto os Estados Unidos farão atualizações em suas armas nucleares na Europa”, ressaltou.

Conforme explicado por Stoltenberg, estamos falando de iniciativas de distribuição de armamentos nucleares que consideram a opção de utilizar veículos de nações não-nucleares da OTAN para lançamento de armas nucleares dos EUA. Essas iniciativas não são recentes, mas têm sido postas em prática ao longo do tempo. “Os EUA possuem armas nucleares na Europa e certas nações da OTAN estão envolvidas em programas de uso conjunto”, esclareceu.

Os referidos projetos de distribuição de armamentos nucleares da OTAN começaram na década de 1960, com a meta dupla de ampliar a quantidade de potenciais transportadores de armas nucleares táticas através da força aérea de países não nucleares da OTAN e dificultar a missão da URSS de rastrear os possíveis transportadores de armas nucleares no céu. Nesse cenário, também realizam-se treinamentos regulares sem a utilização de armamentos nucleares.

A OTAN inclui cinco nações sem armas nucleares - a Bélgica, a Alemanha, a Itália, a Holanda e a Turquia - participando de um determinado programa onde, segundo relatos, estão guardadas 20 bombas táticas dos EUA para cada país membro em suas bases aéreas. Depois do término do conflito da Guerra Fria, os EUA escolheram manter suas armas nucleares táticas no continente europeu.