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Chade adquire jatos Embraer visando impulsionar aviação regional africana

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A Royal Airways começou a atuar de maneira humilde em suas atividades comerciais por volta de novembro de 2023, aproveitando a oportunidade deixada pela Tchadia Airlines, que não existe mais. A empresa aérea privada, que inicialmente se focava no mercado interno, atualmente foca em robustecer sua frota para uma preparação de uma expansão eminente no mercado regional.

A companhia fortaleceu recentemente sua linha aérea com a inclusão de um segundo aeroplano, um Embraer ERJ-140LR. O aparato, identificado pelo número de série 145604, pousou em Ndjamena no dia 11 de Maio, vindo de Joanesburgo, onde realizou uma revisão de alto nível, de acordo com dados do portal Newsaero.

Conforme as características fornecidas, o avião possui 22 anos de construção e era anteriormente utilizado pela American Eagle Airlines antes de ser retirado de operação em fevereiro de 2020. A partir daí, a aeronave permaneceu estacionada no Pinal Airpark, localizado em Marana, no estado do Arizona. Ao final de março, a aeronave deixou o que é conhecido como “cemitério de aviões”, se dirigindo à África do Sul para passar por um completo check-up técnico.

Conforme o diretor executivo, Brahim Dadi, essa é uma aquisição direta, uma vez que a aeronave pertencia ao arrendador americano, a Regional One. Com esta recente compra, a Royal Airways agora foca no crescimento para o setor regional.

”Brahim Dadi afirmou que a intenção é iniciar o serviço para as primeiras localidades da sub-região no começo do segundo semestre de 2024”. A companhia tem priorizado sobretudo rotas para Douala em Camarões, Kano na Nigéria, e Niamey no Níger.

A Royal Airways, até o momento, utilizava um Embraer EMB-120 (TT-DEV) para atender seu mercado interno, cobrindo menos de seis rotas (Ndjamena, Amdjarass, Moundou, Sarh, e Faya). Essa companhia aérea é percebida como um importante interveniente ao unir esta vasta nação de 16 milhões de habitantes distribuídos em uma área de aproximadamente 1.284.000 km², que é cerca de 2,3 vezes o tamanho da França.

Com vistas avançadas para o horizonte, a empresa de aviação tem planos de crescimento para além das fronteiras africanas em 2025, contemplando a inclusão de viagens planejadas para Dubai e Jeddah. Com essa meta em vista, a liderança sênior da Royal Airways deu início a consultas com o objetivo de determinar qual aeronave seria a mais adequada para introduzir nesses trajetos.

Cabe destacar que a Royal Airways deu início às suas atividades comerciais no dia 4 de novembro de 2023, com o propósito de ocupar o espaçado deixado pela Tchadia Airlines. Esta era uma parceria empresarial entre o governo do Chade, detentor de 51% das ações, e a Ethiopian Airlines, com 49% das ações. Porém, a empresa foi desmantelada e encerrada em julho de 2022, após funcionar por menos de três anos.

Como a única linha aérea regular na nação, a Royal Airways compartilha seu espaço aéreo com mais duas empresas privadas - a AVMAX Chad, que providencia voos charter para corporações petrolíferas, e a RJM Aviation, que disponibiliza voos conforme a necessidade do cliente. Além disso, é comum que aviões da missão da ONU em Chade, também transportem passageiros em rotas locais, num acordo específico.