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Controladores aéreos na França conquistam flexibilidade de horários de trabalho

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Os reguladores do trânsito aéreo na França ganharam a permissão para iniciar o trabalho com um atraso de três horas e para encerrá-lo antes do habitual. A resolução, que empodera os sindicatos responsáveis por essa categoria profissional, lhes fornece um incremento salarial superior a US$ 19.000, além de 18 dias extras de descanso anual e a possibilidade de se aposentar aos 59 anos.

Conforme divulgado pela Sky News, o ônus deste pacto será suportado no final pelas pessoas que voam, já que seus encargos serão transferidos para as empresas aéreas e, consequentemente, para o valor dos bilhetes de avião. Ademais, essa ação bloqueará uma paralisação durante os Jogos Olímpicos de verão.

Conforme informações, existem controladores que, tendo salários anuais de até US$ 93.000, geralmente trabalham somente 75% das 32 horas semanais estipuladas em seus contratos. Acusações indicam que esses profissionais, às vezes, tiram férias ou partem para atividades de esqui durante o período que deveriam estar em serviço.

Um operador confidenciou ao periódico Le Parisien que era habitual para ele contatar seus companheiros de trabalho para verificar a intensidade do tráfego aéreo antes de iniciar seu turno às 9h - e, caso estivesse calmo, voltava a descansar até às 11h. Outro revelou que os supervisores não se opunham, desde que estivessem “disponíveis” em caso de contratempos, mas mencionou que ‘ocasionalmente encontramos-nos telefonando para indivíduos que estão no exterior’.

Contudo, há indícios na França de uma possível falta de profissionais para controle de tráfego aéreo. Isso contrasta fortemente com a situação em Beirute, onde certos indivíduos chegam a trabalhar até 24 horas diárias e 96 horas semanais.

A condição da França é vista como uma irregularidade, uma vez que a integração europeia supostamente já deveria ter ocorrido, mas interesses específicos mantém as infraestruturas de controle de tráfego aéreo das nações distintas. Isso resultou em voos de maior duração, com trajetos não otimizados e um subsequente crescimento no uso de combustível e liberação de CO2 - sendo que os governos da Europa são grandes emissores de dióxido de carbono no setor aéreo.

Portanto, esses novos direitos atribuídos aos gestores de tráfego aéreo na França parecem intensificar ainda mais essa situação já tumultuada.