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Deltar proíbe emblemas não-americanos em uniformes após uso de pin palestino

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A detecção de um comissário de bordo usando um broche da bandeira palestina levou a Delta Air Lines a revisar suas diretrizes após desencadear uma reação adversa.

O oficial, conhecido como AJ, foi surpreendido no dia 5 passado, no voo de número DL-1245, saindo de Boston, localizada em Massachusetts, rumo a West Palm Beach, na Flórida, voo este realizado por um Airbus A320.

A imagem, que foi primeiramente revelada pela página Stop Antisemitism, demandava um pronunciamento da empresa de aviação, uma vez que a presença da bandeira poderia ir contra as normas de utilização de distintivos, as quais só permitem o uso de crachás emitidos ou autorizados por ela.

Nesse contexto, a Delta nunca realizou uma campanha de apoio à Palestina, por isso não seria permitido o uso do alfinete com a bandeira palestina, conforme indicado no manual da empresa, revelado pelo portal View From The Wing. A partir de então, a empresa aérea vem sendo pressionada para destituir ou sancionar o comissário de bordo.

O usuário ILikeTeslas fez a seguinte postagem no Twitter ontem: “A partir de 2001, começamos a tirar nossos sapatos em todos os terminais aéreos devido a um ataque terrorista ocorrido em território americano. Agora, visualize-se embarcando num voo da Delta e avistando seus empregados ostentando distintivos do Hamas, qual seria a sua reação?”

Importante frisar que a insígnia da Palestina e a do grupo extremista palestino Hamas são bem distintas, sendo a última inteiramente verde e branca, sem presença dos tons vermelho ou preto. Referente à postagem, a Delta Air Lines a abordou, declarando: “Nós tomamos conhecimento e também ficamos apavorados, no aspecto pessoal. O comportamento dos nossos empregados espelha nossos princípios e não faremos concessões em relação às nossas normas quando não estão sendo cumpridas”.

A observação feita pela Delta, mencionada anteriormente, foi retirada algumas horas depois. Posteriormente, a empresa de aviação pediu desculpas, declarando que “excluiu uma resposta que não reflete nossos princípios. Estamos sempre em busca de um ambiente que acolha e respeite a todos, em todas as comunidades e aeronaves. O colaborador que fez isso, não está mais atuando nas redes sociais da Delta. Lamentamos profundamente por essa postagem prejudicial.”

Contudo, AJ, o comissário, postou uma imagem em seu Instagram agradecendo o apoio que vinha recebendo, antes mesmo da empresa Delta fazer o tweet mencionado. Em seu post, ele mencionou “esses têm sido dias difíceis, porém, agradeço a todos pelo suporte”, sugerindo que sofreu alguma penalidade por parte da companhia.

Na mesma quinta-feira, diversos usuários apoiadores da Palestina começaram a disseminar uma informação inverídica de que AJ tinha sido dispensado, junto a outra comissária que é vista no tweet usando o botton. Hoje, dia 12, AJ se pronunciou publicamente para esclarecer que não houve demissão e que a Delta entrou em contato para tratar do assunto, mas que até o presente momento não existe qualquer alteração em sua função profissional.

A Delta comunicou à NBC News, por meio de comunicado, que não despediu nenhum dos dois comissários, no entanto, procurou-os para obter mais esclarecimentos sobre o incidente. A empresa aérea confirmou que, apesar das diretrizes não autorizarem pins que não sejam distribuídos pela própria Delta ou os sindicatos, o uso do pin da bandeira da Palestina não infringiu os regulamentos internos.

Entretanto, a Delta comunicou que, no próximo dia 15 de julho, uma segunda-feira, vai voltar a alterar suas diretrizes. Efetivamente, vai ser proibido o uso de qualquer outra bandeira, que não seja a dos EUA, em seus uniformes. Portanto, AJ não terá mais permissão para portar a bandeira da Palestina ou de qualquer outra nação ou movimento.