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Dificuldades na possível expansão global da base aérea de Canoas

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A Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) recentemente confirmou que está examinando expressões de interesse relacionadas à potencial internacionalização da Base Aérea de Canoas, situada no estado do Rio Grande do Sul. A meta é tornar possível a realização de operações de voos internacionais comerciais, embora a ANAC ressalte que esse procedimento é intrincado e requer a aprovação de várias agências governamentais federais, foi relatado pelo Estadão.

A ANAC em comunicado oficial, destaca que a transformação da base aérea em internacional exige a colaboração de múltiplas entidades governamentais, que incluem a Receita Federal, a Polícia Federal e a Anvisa, responsáveis respectivamente por tarefas de desembaraço aduaneiro, controle fronteiriço e vigilância sanitária. “A transformação da base aérea em internacional se sujeita à avaliação de outros entes públicos federais que devem lidar com assuntos como desembaraço aduaneiro (Receita Federal), controle de fronteiras (Polícia Federal) e vigilância sanitária (Anvisa), por exemplo”, destacou a agência.

A Base Aérea de Canoas está servindo provisoriamente como ponto para negócios aéreos devido à suspensão das atividades do Aeroporto Internacional de Porto Alegre (Salgado Filho), que foi severamente atingido por intensas chuvas que alagaram suas áreas de decolagem e terminais. A Fraport, empresa que gere o Salgado Filho, organizou e está atualmente gerindo os negócios aéreos na base militar.

No momento, o terminal aéreo de Canoas tem permissão para acomodar até cinco decolagens e pousos comerciais diariamente. A projeção é que esse número possa aumentar nas semanas vindouras, de acordo com os órgãos responsáveis. “No momento, os esforços combinados do Ministério de Portos e Aeroportos, da ANAC e do Comando da Aeronáutica estão sendo direcionados para tornar factível as operações de voo internas em Canoas”, foi o pronunciamento da ANAC.

A instituição também assinala que, uma vez que as operações internas se expandam e solidifiquem, as análises apropriadas para a globalização poderão ser conduzidas. “Com o crescimento e fortalecimento das operações nacionais, as avaliações adequadas para uma eventual internacionalização da base aérea poderão ser executadas.”

A Fraport também se manifestou, enfatizando que está operando atualmente com a autorização da ANAC para cinco voos comerciais diários. A operadora de aeroporto destacou que não tem o poder de gerar prospectos para a realização de voos internacionais, uma escolha que é responsabilidade do Ministério de Portos e Aeroportos e da ANAC. “Não é possível, por parte da operadora do aeroporto, antecipar a aprovação de voos internacionais. Essa é uma decisão que deve ser tomada pelo Ministério de Portos e Aeroportos e pela ANAC”, declarou a Fraport em comunicado.

Em suma, a ideia de tornar a Base Aérea de Canoas internacional está em análise, mas a principal preocupação dos líderes é expandir e fortalecer as atividades internas. Devido à complexidade do processo e à demanda de cooperação entre diversas instituições governamentais, esse objetivo é encarado como um projeto a longo prazo.