Elliott, investidor ativista, compra grande participação na Southwest Airlines

A Elliott Investment Management, uma empresa americana de gestão de fundos de cobertura e investimento ativista, comprou uma parte importante da companhia aérea Southwest Airlines. De acordo com o Wall Street Journal, o gestor de fundos tem planos de realizar alterações significantes na abordagem de gestão da transportadora aérea.

A Elliott Investment Management, estabelecida pelo homem de negócios Paul Singer em 1977, administra uma carteira de ativos que somam cerca de 77 bilhões de dólares. Sendo uma investidora ativista, a abordagem do fundo consiste em aportar recursos financeiros em empresas com a intenção de exigir alterações relevantes, tanto na gestão quanto na estratégia corporativa, a fim de aprimorar o valor das ações.

A sede da Airlines Southwest, localizada em Dallas, mesmo sendo uma companhia de aviação eficientemente gerida e estimada pelo público, vem mostrando uma performance abaixo do esperado nos anos recentes.

Nesse contexto, o diretor executivo Bob Jordan já informou aos acionistas que a companhia está receptiva para adotar uma gama de transformações para aumentar a lucratividade. No entanto, ele frisou que a companhia aérea manterá sua política de permitir o despacho gratuito de duas malas. Adicionalmente, a Southwest lida com obstáculos devido ao fato de a Boeing ser a única provedora de aviões.

Tanto a Southwest Airlines quanto a Elliott permaneceram em silêncio sobre o aporte financeiro, entretanto, a companhia de investimentos já indicou em uma correspondência ao conselho da Southwest que almeja uma gestão ‘melhorada’ e uma análise total dos negócios. A pretensão da Elliot é alcançar um lucro de 77% em seu aporte de 1,9 bilhão de dólares, se os papéis da Southwest cheguem a 49 dólares cada.

O famoso investidor bilionário e ativista Carl Icahn adquiriu recentemente uma participação significativa na companhia aérea JetBlue. A JetBlue, à semelhança da Southwest, vem buscando modificar seu modelo de negócios para transformar sua situação atual desalentadora. A administração Biden, ao interromper uma parceria com a American Airlines e a fusão prevista com a Spirit Airlines, uma companhia aérea de baixo custo, tornou mais desafiador para a empresa ampliar seus negócios.