Emboraer KC-390 ganha antiga soviética como nova cliente

O Embraer KC-390 está programado para ser introduzido em outro país, especificamente num destino pouco familiar para os brasileiro, uma ex-república soviética localizada na Ásia Central: o Uzbequistão.

O Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações – Cofig, uma divisão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), em sua reunião regular no dia 25 de abril, endossou uma solicitação para cobertura do Seguro de Crédito à Exportação, através do Fundo de Garantia à Exportação, para operações de exportação de aeronaves Embraer destinadas para os Estados Unidos e Uzbequistão.

Conforme informado pelas autoridades, a aplicação do SCE, um instrumento administrado pelo MDIC, proporciona um grau de segurança elevado para os exportadores do Brasil, cria postos de trabalho, aumenta o rendimento e promove o avanço tecnológico em nossa nação.

A revelação inicial de que os aviões eram KC-390 foi feita pelo repórter Roberto Caiafa e posteriormente ratificada pela AEROIN, que obteve a ata da assembleia do Cofig.

Está documentado que foi autorizada a cobertura de empréstimos pelo Fundo de Financiamento para Compra de Máquinas e Equipamentos Industriais, conhecido como FINAME, que é uma entidade federal subordinada ao BNDES, a instituição Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

A Embraer frequentemente recorreu ao BNDES para financiar suas transações, tanto para clientes civis quanto militares, tornando a aquisição mais benéfica para seus consumidores.

Obteve-se a aprovação para enviar duas aeronaves KC-390 (C-930 Millennium) ao Uzbequistão, que também inclui um conjunto de serviços e peças de reposição. Atualmente, o Uzbequistão, um país da Ásia Central que conquistou sua independência dos soviéticos em 1991, utiliza as aeronaves Antonov An-12, An-26 e Ilyushin IL-76 em sua força aérea para o transporte de mercadorias e pessoal.

O Embraer KC-390 está previsto para substituir o turboélice quadrimotor Antonov An-12, contudo, oferecendo maior capacidade. Isso ocorre porque a aeronave brasileira pode transportar mais de 6 toneladas de carga ou um adicional de 20 militares a bordo.

Um aspecto distinto será a implementação do reabastecimento aéreo na Força Aérea Uzbeque. Atualmente, os aviões Il-76 do país não possuem equipamentos para reabastecimento em voo, mas em breve isso mudará com a introdução do KC-390, que viabilizará a disponibilização de combustível durante o voo para os jatos MiG-29 Fulcrum e Sukhoi Su-27 Flanker. Esses serão inclusive os primeiros jatos não pertencentes a OTAN que se beneficiarão de um reabastecimento fornecido por uma aeronave brasileira.

O AEROIN conseguiu acesso a um documento que inclui uma permissão de exportação, sob as mesmas condições do BNDES, para a comercialização de 32 jatos Embraer E175-E1, destinados aos EUA. Parte da informação é sigilosa, tornando impossível identificar o comprador. Pode ser uma solicitação já existente, como da American Airlines, um anúncio de compra futuro, ou uma aquisição de lessor.