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Empresa aérea entrega atestados de pobreza a comissários por baixos salários

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Os tripulantes de cabine da American Airlines estão lidando com desafios monetários devido à ausência de incrementos salariais a partir de 2019. Uma inflação ultrapassando 20% desde aquele período resultou na desvalorização dos salários. Entretanto, a revisão do acordo trabalhista tem sido prolongada devido à crise sanitária atual e à intrincada política sindical.

Dentro dessa situação, supervisores que foram recém empregados em Boston, ao longo de seus dois primeiros anos de atividade, podem se tornar aptos a receber assistência alimentar do governo. Inclusive, a American Airlines providencia para seus novos funcionários um documento certificando seu status de renda baixa.

O texto a seguir, ao qual o View from the Wing conseguiu acesso (veja abaixo), informa que um recém-nomeado comissário receberá um “salário anual esperado de US$ 27.315, antes de incentivos e tributações”, e expressa gratidão por qualquer gentileza que possa ser estendida. É importante notar que o último ajuste salarial ocorreu em janeiro de 2019.

A garantia mínima de escala para um comissário que trabalha efetivamente é de 71 horas mensais, enquanto para um comissário na reserva, é de 75 horas mensais. Indiscutivelmente, muitos desses profissionais têm uma carga horária maior.

No entanto, nem todas essas horas são levadas em conta para o pagamento. O cômputo das horas trabalhadas inicia-se apenas com a decolagem e encerra-se com o pouso do voo, excluindo o período no aeroporto, transição entre aviões ou o processo de embarque na aeronave.

A gestão desses salários inicialmente reduzidos pode representar um desafio, em especial para aqueles com uma família para manter. Vários assistentes de voo acabam necessitando de empregos adicionais, apesar das complicações devido à irregularidade em seus horários de trabalho.

A American Airlines lançou um esquema de compartilhamento de lucros para os membros da sua equipe, incluindo a tripulação de cabine, em 2016. O objetivo dessa medida era aprimorar a interação com os funcionários e alinhar mais a corporação aos padrões da indústria, considerando que outras grandes empresas de aviação, como a Delta e a United, já possuíam planos de repartição de lucros.

Antecipa-se que os assistentes de voo da American Airlines obtenham um acordo de trabalho mais vantajoso. Contudo, com o prolongar do tempo para se alcançar um consenso, os assistentes mais novos, que recebem salários menos elevados, continuam a ser desfavorecidos.