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EUA age para conter "Uber" aéreo de jatos particulares

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A Autoridade Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) está hoje a divulgar intenções de implementar duas ações para gerir os voos públicos charter, que têm experimentado um aumento acentuado em termos de frequência e complexidade nos últimos anos.

Assim como o Buser opera no sistema de estradas do Brasil, companhias aéreas como a JSX fazem uso do seu licença de operação de táxi aéreo (FAR 135) para comercializar viagens fretadas. Assim, múltiplos indivíduos desconhecidos entre si têm a possibilidade de adquirir um lugar nesses voos.

Certos serviços dão a impressão de funcionar como companhias aéreas tradicionais, contudo, sob condições de segurança menos estritas – uma realidade que frequentemente não é claramente percebida pelo público consumidor. A FAA buscará novas formas de incorporar os voos charter ao espaço aéreo visando proporcionar flexibilidade e alternativas seguras para todos os viajantes.

Inicialmente, de acordo com o declarado previamente em um pedido de opinião, a FAA planeja começar um procedimento legislativo para modificar as terminologias da norma FAR 110 de operações “agendadas”, “por solicitação” e “extras”. Se concluído, o resultado desta sugestão de mudança da norma seriam os fretamentos públicos sendo submetidos a diretrizes operacionais baseadas nos mesmos critérios de segurança que outras operações de fretamento não público.

A identificação precoce de perigos é essencial para a tarefa de proteção da FAA, e é precisamente o que estamos aplicando com o aumento da utilização de voos charter públicos. Se um negócio estiver funcionando efetivamente ao estilo de uma transportadora aérea convencional, cabe à FAA decidir se essas atividades devem aderir aos mesmos normativos rigorosos que as companhias aéreas convencionais”, afirmou Mike Whitaker, administrador da FAA.

Atualmente, a JSX tira proveito da utilização de aeronaves menores, como o Embraer ERJ-135 e ERJ-145, operando a partir de terminais menos congestionados, o que permite uma verificação de segurança mais eficiente. Devido à menor quantidade de assentos nos aviões, o processo de embarque é mais veloz e costuma oferecer uma experiência a bordo mais confortável em comparação com as linhas aéreas convencionais.

Assim, muitos viajantes estão escolhendo serviços de táxi aéreo que oferecem aluguel ao estilo Buser em trajetos populares, mesmo que o preço seja um pouco elevado, geralmente não ultrapassa 20% da taxa média nas empresas aéreas convencionais.

As principais companhias aéreas sempre se queixaram desta competição, tida como injusta, e outros coletivos têm exercido pressão devido aos padrões de segurança do FAR 135 serem inferiores aos do FAR 121, o qual regulamenta a aviação convencional, e isso estar colocando diversos viajantes em perigos desnecessários.

Com dados fornecidos pela FAA.