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Gol planeja concluir recuperação judicial nos EUA no próximo ano

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A GOL Linhas Aéreas tem agora uma data planejada para finalizar seu processo de Recuperação Judicial nos Estados Unidos, dando-lhe a possibilidade de se reconstruir completamente e retomar seu crescimento.

Atualmente, a companhia de aviação do Brasil se encontra na situação conhecida como Chapter 11, que consiste em um processo de Reorganização Judicial em uma corte norte-americana, onde as obrigações financeiras passadas são suspensas por um tempo enquanto ocorre o processo de reestruturação de débitos com fornecedores e credores.

A mesma forma de reorganização foi aplicada pela LATAM e provou ser eficaz, diferentemente da Recuperação Judicial no Brasil que, exceto pelo caso da VoePass, sempre resultou em fracasso e direcionou as companhias ao abismo da insolvência.

Durante uma conversa com o site Panrotas, Celso Ferrer, líder executivo da GOL, informou que “a expectativa é de que o projeto de recuperação esteja concluído no último trimestre deste ano e a estimativa é de que deixaremos o Chapter 11 no início de 2025”.

O dirigente ressalta que, por agora, não tem a habilidade de conduzir acordos diretos com outras corporações, entretanto, a Azul (que está em negociação com a controladora Abra, proprietária também da colombiana Avianca) constitui um bom caminho: “Nossa sobreposição de redes com a LATAM é de 90%. Com a Azul, isso não ocorre, o que assegura um balanço de vantagens no trato”.

A atitude da Azul também é corroborada pelo CEO da mesma, John Rodgerson, que em um bate-papo com o AEROIN durante a Conferência Anual IATA em Dubai, Emirados Árabes Unidos, mencionou: “Sim, estamos em diálogo com a Abra sobre a eventualidade de uma junção das companhias brasileiras, o andamento deve ser conforme o ritmo do mercado, é preciso discernir quem será o proprietário da GOL”.

Ainda é necessário que a estratégia de renovação da GOL seja apresentada e receba o aval tanto da Corte de NY quanto dos credores, permitindo assim que a companhia possa dar início à sua implementação. Celso assegurou que não haverá a necessidade de mais financiamentos nem o acréscimo de débito. Somente após essa validação é que será permitida a participação de novos investidores, como é claro, a Azul.