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IATA critica falta de medidas concretas no setor aéreo pelo Brasil

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DUBAI, Emirados Árabes Unidos - No decorrer da Reunião Anual Geral (AGM) da Associação Internacional de Transporte Aéreo, a IATA, foi enfatizado que o Brasil enfrenta atualmente obstáculos significativos para o desenvolvimento do tráfego aéreo.

Atualmente, a nação mais extensa da América Latina e a quinta em termos globais possui somente 50% de sua população viajando e enfrenta um preço de combustível cerca de 10% superior à média mundial, correspondendo a até 40% do valor total do bilhete aéreo.

O Diretor para as Américas da IATA, Peter Cerdá, frisou que o Brasil apresenta “um passageiro movendo uma ação legal contra a companhia aérea para cada voo executado”, fazendo alusão à média de processos judiciais no país que corresponde a um para cada 227 passageiros transportados (capacidade similar à de um avião como o Airbus A321neo). Por outro lado, nos Estados Unidos existe uma ação legal para cada 1,2 milhão de viajantes.

AEROIN solicitou informações a Cerdá acerca das iniciativas que a IATA implementou para mudar o cenário atual e como esse progresso tem se manifestado no segundo ano do terceiro período do governo de Lula. Segundo a IATA, há basicamente apenas conversas e algumas iniciativas.

”Cerdá afirmou que a demanda por mais voos de baixo custo e um maior número de passageiros é alta, mas sem uma redução dos preços do combustível pelo governo, especialmente no setor doméstico, e a resolução de questões de litígio, isso não será possível. Ele destacou que uma companhia aérea de baixo custo não entrará no mercado se os custos forem altos e a burocracia continuar a prevalecer”.

O Vice-Presidente também mencionou a ausência de apoio durante a crise de saúde, sob a liderança de Jair Bolsonaro, que proporcionou um suporte retardado e percebido pelo setor como minimamente beneficiário, ao contrário de outras administrações globais, que assistiram o ramo aéreo durante aquele período. Inclusive, tal suporte foi previamente cogitado pelo governo atual, no entanto, a questão se “esgotou” em Brasília.

Em nenhum momento da pandemia houve contribuição para o setor. Vemos esse país como uma grande possibilidade de crescimento. Atualmente, vemos boas intenções, mas não presenciamos as ações antecipadas, especialmente quando o presidente Lula menciona o avanço da conectividade, contudo, as ações do governo continuam invisíveis”, finaliza Peter.

O AEROIN está participando do AGM a pedido da IATA, e você pode seguir a cobertura integral do acontecimento clicando neste link.