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Monitoramento de riscos climáticos no RS via satélite pela Fab

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A aplicação de fotos de satélite é crucial para localizar e acompanhar zonas de perigo em locais propensos a condições meteorológicas severas, como as inundações no Rio Grande do Sul. A cartografia de fotos a partir de satélite fornece uma perspectiva ampla e minuciosa das áreas de ameaça, possibilitando a detecção de fragilidades.

O Centro Unificado de Inteligência Operacional (CCOI) do Comando Aeroespacial de Operações (COMAE), situado em Brasília (DF), tem participado ativamente de um conjunto que se dedica à utilização dessas imagens, providenciando cartografias de regiões alagadas e demais dados conexos às inundações.

O propósito é fornecer fotografias capturadas por satélites do Brasil e através de acordos de compra de imagens, de maneira franca e sem custos para entidades interessadas. Isso capacita tais entidades a elaborarem mapas de monitoramento de inundações de forma eficiente.

Até agora, várias entidades receberam imagens providas pelo COMAE, incluindo o próprio Comando Conjunto Ativado para a Operação Taquari, a Polícia Federal, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Universidade do Vale do Taquari, o Centro de Gerenciamento e Operações do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), entre outros.

As representações de radar, originadas da constelação brasileira Lessonia dos satélites Carcará I e Carcará II, são adquiridas sem importar o estado do clima e em qualquer momento do dia. Isso se dá graças ao Synthetic Aperture Radar (SAR), que proporciona representações mesmo com a presença de nuvens, assegurando um recolhimento constante e ininterrupto. Em contrapartida, as representações ópticas, que são comparáveis a fotografias padrão, promovem uma resolução excepcionalmente alta, possibilitando uma minuciosa exploração do terreno, com precisão inferior a um metro.

O Diretor da Unidade de Coordenação do CCOI, Coronel Aviador Marcelo de Carvalho Trope, discute a importância do mapeamento. “De um modo geral, as imagens produzidas por radar e ópticas são fundamentais para o mapeamento de zonas inundadas e para a análise de perigos climáticos, oferecendo dados relevantes para a Proteção Civil e demais instituições engajadas nos esforços de salvamento”, resume o Oficial.

Na missão Taquari II, o COMAE recebe suporte da Aeronáutica Colombiana, que já forneceu uma análise da região da Grande Porto Alegre, bem como fotografias de satélite das regiões afetadas pela inundação no Rio Grande do Sul. Da mesma forma, as Forças Aéreas dos Estados Unidos e do Chile contribuíram com o fornecimento de fotos de satélite da área.