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Piloto demitido por servir simultaneamente duas companhias aéreas

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A deslealdade resultou na perda de um dos postos de trabalho de uma aviadora de voos comerciais na Europa, que operava simultaneamente para duas diferentes empresas.

A profissional, conhecida como Danica Theuma, estava vinculada à KM Malta, uma corporação maltesa emergida das cinzas da extinta Air Malta, onde pilotava aviões Airbus A320 na recém-estabelecida companhia, porém, isso não a satisfazia totalmente.

Durante suas pausas das rotinas de vôo na KM, ela se deslocava para Londres, onde trabalhava como empregada contratada pela Virgin Atlantic, pilotando aeronaves da empresa criada pelo magnata bilionário Richard Branson.

Trabalhar para duas companhias aéreas é geralmente restrito em quase todos os acordos contratuais para aviadores atualmente, inclusive no Brasil, não apenas por estar legalmente vetado, mas primordialmente pela necessidade de repouso.

Uma organização não ajustará a programação de seus aviadores para permitir que eles operem em outras localidades, tenham um descanso suficiente e estejam aptos a conduzir outros voos na companhia. Dessa forma, a única possibilidade de atuar em múltiplas empresas ao mesmo tempo é escondendo o emprego numa delas da outra, e era exatamente essa a prática de Theuma.

A Virgin Atlantic, ao tomar conhecimento do ocorrido, procedeu com a dispensa da piloto, de acordo com o jornal The Shift. Entretanto, a KM Malta, mesmo frente a uma gritante quebra das normas de segurança estabelecidas pelas autoridades europeias, até o presente momento não a desligou de suas funções e tampouco se manifestou acerca da situação.

Informações não verificadas de pilotos na corporação sugerem que a piloto não foi descartada graças às suas ligações políticas com o governo de Malta, que influenciaram na decisão de seu contínuo vôo. A empresa em questão é uma recém-formada entidade estatal, com recursos humanos limitados para voo disponíveis. Isso consequentemente levou a um ambiente de trabalho tenso dentro do grupo de voo, pois - além do favorecimento - indicou que a empresa não está dando a devida consideração a uma séria transgressão de segurança aérea.

A Virgin Atlantic não divulgou como descobriu a ocupação secundária de sua primeira-oficial, nem especificou qual era o modelo da aeronave que ela operava na empresa. No entanto, é bastante provável que fosse o Airbus A330, dada a sua operação ser bastante semelhante à do A320, avião que ela normalmente opera na KM Malta.