Pilotos americanos testam primeira aeronave elétrica certificada mundialmente

Ao longo de uma estadia de três semanas na Base Aérea de Eglin, localizada nos Estados Unidos, o Pipistrel Velis Electro, um avião movido a energia elétrica, passou por análises efetuadas por aproximadamente 20 pilotos teste que se ofereceram para o trabalho, entre eles o Brig. Gen. Jeffrey Geraghty, líder do 96th Test Wing.

O avião com mais de 6 metros de comprimento, dotado de um motor de 80 cavalos-vapor, conseguiu levantar voo com facilidade da pista de Duke Field, exibindo suas habilidades sob a direção dos aviadores.

Em viagens aéreas de 45 minutos, os comandantes executaram diversas ações, incluindo voar em formação e estol, e ofereceram suas opiniões através de avaliações qualitativas (QEs). O propósito dessas avaliações é elucidar e confirmar as expectativas com relação à aplicação da aviação elétrica.

Independentemente disso, a cooperação entre o 413th Flight Test Squadron e a AFWERX, um Departamento de Tecnologia do Laboratório de Pesquisa da Força Aérea Americana, promoveu os experimentos. A AFWERX tem a intenção de mobilizar quatro modelos distintos de aeronaves para avaliação em distintas bases da Força Aérea dentro do ano fiscal.

No mês de outubro do ano anterior, a Pipistrel, uma empresa de produção aeronáutica da Eslovênia, divulgou que seu exemplar Velis Electro havia sido escolhido pela AFWERX para ser locado ao programa Agility Prime da Força Aérea dos Estados Unidos, a fim de investigar aplicações operacionais e de treinamento.

O Agility Prime é a iniciativa da Força Aérea voltada para o transporte vertical, que estabelece uma colaboração com o setor comercial de aeronaves elétricas de decolagem e aterrissagem verticais (eVTOL). Essa parceria busca promover a terceira revolução no ramo aeroespacial ao disponibilizar aeronaves de emissão zero para diversos fins, incluindo treinamento e operações.

O Ten. Cel. John Tekell, comandante da AFWERX Agility Prime, salientou a aptidão de Eglin para tal tipo de experimento, apontando seu espaço aéreo, aviadores de teste qualificados e a infraestrutura já disponível para aeronaves movidas a energia elétrica.