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PRF capacita equipe de Koala para combater fogos e disparos a bordo

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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Pernambuco tem a responsabilidade de prestar auxílio a vítimas de desastres nas estradas e transportar órgãos para procedimentos de transplante, uma tarefa que recebe elogios constantes da população pelo seu papel crucial na preservação de vidas.

No entanto, além do serviço aéreo médico, o Centro de Operações Aéreas (COA) também tem a capacidade de ser convocado para várias operações, incluindo resposta a catástrofes naturais, resgate aquático e luta contra o crime. Para se prepararem, de 01 a 06 de julho, os pilotos e operadores dos helicópteros Leonardo AW119Kx Koala participaram de um programa de treinamento operacional conduzido em Recife e sua região metropolitana.

A união da teoria com a prática foi focada para o uso mais eficiente e totalmente seguro dos recursos de voo. Participaram do treinamento cinco capitães e cinco operadores de táticas aéreas. Ensaios de combate a chamas, movimentação de cargas externas, resgates utilizando guincho e operações de salvamento em águas oceânicas envolvendo helicópteros, bem como disparos a bordo - uma habilidade crucial para o combate à delinquência, fizeram parte do programa. A tarefa exige preparação de aparelhos específicos para cada tipo de operação e, especialmente, o ajuste de condutas entre os membros da tripulação.

Neste ano, o foco do treinamento foi um exercício de proteção civil. A simulação ocorreu em edifícios que em breve serão parte da Universidade Rural de Pernambuco, localizada em Cabo de Santo Agostinho, onde os PRFs reproduziram uma situação similar à recentemente vivida nas inundações do Rio Grande do Sul. Nessa situação, um grande número de indivíduos precisou ser resgatado dos telhados de suas residências com a ajuda de um helicóptero. Durante a simulação, a equipe utilizou um guincho elétrico, um aparelho que possibilita o içamento da pessoa até a aeronave de forma segura e com menos impacto. Este equipamento comporta até 204 kg. O Sargento Henrique, do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER) do Rio Grande do Norte, foi o responsável por conduzir o treinamento.

Outra capacidade do helicóptero da PRF é no combate a incêndios. Durante o treinamento, que ocorreu na Praia do Paiva, os líderes e operadores tiveram a oportunidade de trocar conhecimentos a respeito do dispositivo “Bambi Bucket”. Esse equipamento, que se assemelha a uma cesta e é anexado ao helicóptero, pode carregar até 910 litros de água. Casos de incêndios desenfreados em plantações de cana à beira de estradas, que ameaçam pessoas e o tráfego, são situações onde o Centro de Operações Aéreas pode ser convocado.

A costa Maracaípe, no extremo sul de Pernambuco, serviu de palco para algumas atividades de treinamento. A comunidade local e os visitantes tiveram a oportunidade de observar o helicóptero da PRF realizando o salvamento simulado de uma pessoa afogada no mar. Embora tenha sido apenas uma simulação, foi um ensaio crucial para pilotos que manobraram, resgataram indivíduos da água através de um cabo e transportaram-nos até a costa, uma tarefa que exige muita precisão. Durante o resgate no mar, os operadores aéreos mergulharam na água, se aproximaram da suposta vítima e juntos foram elevados pelo helicóptero até a praia.

Os métodos de salvamento e combate a chamas compartilham similaridades com as práticas utilizadas para traslado de carga externa. Durante o treinamento, os operadores e aviadores içaram um barril de 200 quilos e o posicionaram em uma área previamente estabelecida. Na prática real, um exemplo de carga externa são alimentos e água, itens que a PRF frequentemente transporta para pessoas em posições de difícil alcance, como zonas inundadas e territórios indígenas.

O programa de capacitação foi beneficiado com a colaboração de entidades aliadas, como o SAMU Metropolitano do Recife, o Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (CBMPE), o Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER) do Rio Grande do Norte, a UFRPE e o Exército Brasileiro. O Campo de Instrução Marechal Newton Cavalcanti (CIMNC) foi o local onde se realizou a prática de tiro embarcado, com foco em técnicas e exatidão imprescindíveis para a tripulação aerotática encarregada de lidar com situações de confronto no combate à criminalidade.

Através do Departamento de Comunicação da Polícia Rodoviária Federal.