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Resposta aérea marítima em missões de resgate no rs: destacando as atividades

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A Força Aeronaval, em atividade no Rio Grande do Sul desde 1º de maio, tem demonstrado sua adaptabilidade e prontidão, fazendo parte do Comando Conjunto da Missão Taquari II e contribuindo para a Missão Abrigo no Mar II, com a utilização de aeronaves a bordo do Navio Aeródromo de Uso Múltiplo (NAM) “Atlântico”. Essas missões foram planejadas especificamente para coordenar os esforços de salvamento, sustento logístico e reconstrução das regiões afetadas pelas inundações que devastam o estado.

A Região Sul conseguiu intensificar suas ações com a cooperação de oito aeronaves. O 2º Esquadra de Helicópteros de Uso Geral (EsqdHU-2), por exemplo, foi responsável por transportar aproximadamente 30 toneladas de alimentos, suprimentos hospitalares, combustível, água e cobertores. Além disso, realizaram a remoção de aproximadamente 150 individuos, que incluíam cidadãos comuns, pessoal militar e autoridades.

É importante destacar que, em várias circunstâncias, utilizamos tripulações capacitadas para pilotar voos com o auxílio de óculos de visão noturna, melhorando a eficiência na execução de missões durante a noite.

Um aspecto que chama atenção é uma operação noturna de salvamento de alta dificuldade efetuada pelo 1º Batalhão de Helicópteros Antissubmarino (EsqdHS-1). Foi necessária a utilização de um avião SH-16 “Seahawk”, partindo do NAM “Atlântico”, para executar a evacuação de uma mulher de 67 anos com problemas de saúde sérios e sem opção de ser transportada por meios terrestres, localizada na Ilha dos Mari-nheiros, em Rio Grande - RS.

Para agilizar um salvamento imediato, a equipe de bordo fez uso de Aparelhos de Visão Noturna (AVN), assegurando acurácia e proteção à operação.

É importante destacar que os membros da equipe Aérea de Resgate (TAR-SAR) tiveram um papel fundamental, fazendo uso do guincho de resgate para elevar a paciente de forma segura a partir de uma região inundada e inalcançável em função das cheias.

A elevada capacidade técnica e o profissionalismo da equipe foram cruciais para a realização bem-sucedida da operação complexa e arriscada. A equipe do EsqdHS-1 realizou a missão com sucesso, conduzindo a paciente da ilha até o Aeroporto de Rio Grande, onde um time médico do SAMU estava à espera para um procedimento de evacuação de emergência.

O primeiro grupo de treinamento de helicópteros, que também funciona a partir do NAM “Atlântico”, com um veículo aéreo IH-6B “Bell Jet Ranger”, realizou operações de resgate aéreo médico (EVAM) e transporte de doações, oferecendo assim assistência adequada aos cidadãos impactados.

É relevante mencionar, além disso, a execução do salvamento de uma mulher de 59 anos, sofrendo de diabetes e condições do coração, por um helicóptero UH-12 Esquilo, do Primeiro Esquadrão de Helicópteros de Uso Geral. O helicóptero aterrissou em um campo de futebol na Ilha dos Marinheiros e levou a paciente para o aeródromo de Rio Grande (SJRG).

Devido à total inundação das vias, o movimento terrestre era inviável. O mapeamento aéreo acurado feito pelo avião permitiu que os grupos de socorro identificassem de imediato as regiões mais impactadas pelas cheias, permitindo concentrar seus trabalhos no resgate e preservação de vidas.

Durante o mês, cerca de 300 horas de voo foram usadas pela Força Aeronaval para auxiliar na ajuda humanitária no Rio Grande do Sul. As nossas aeronaves, seja em operações terrestres ou a partir do NAM “Atlântico”, trabalharam e vão seguir trabalhando sem parar na linha de frente, com o objetivo de ajudar a mitigar os impactos devastadores deste desastre.