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Anac organiza 2ª Semana Safety em Belém para segurança na aviação

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Na data de 3 e 4 de julho, a Semana Safety teve sua 2ª edição promovida pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em Belém (PA), com o objetivo de impulsionar a cultura de segurança e segurança operacional no setor aéreo, especialmente visando as operações aéreas na Região Norte do Brasil. Foi o segundo evento desse calibre a acontecer na região, sendo a primeira edição realizada em Manaus (AM), durante o mês de abril do corrente ano.

O gerente da Anac, Ricardo Catanant, iniciou a ocasião e enfatizou a relevância da Agência estar mais engajada com os regulamentados, atendendo pilotos, engenheiros e representações corporativas.

”A essência da Semana Safety é a troca de informações, sobretudo a escuta, e a partilha de experiências para fomentar a cultura de segurança”, afirmou. Catanant também reiterou que a Anac tem se empenhado, através da regulação responsiva, em expandir os paradigmas normativos para que as regras e normas sejam mais facilmente entendidas e obedecidas pelos operadores, de maneira simplificada, direta e eficaz.

A inauguração também incluiu a explanação da diretora de Pessoal da Aviação Civil, Mariana Altoé, acerca do projeto Asas para Todos, o qual tem como um de seus fundamentos a incorporação feminina na indústria aérea. “É um prazer observar a presença de tantas mulheres em convenções de aviação. Este é um dos propósitos do projeto, ampliar a participação feminina nas profissões da aviação”, enfatizou.

No decorrer do debate realizado entre os especialistas, Valéria Farias, que atua como gestora da estação aeronáutica e também responsável no âmbito local pelo Sistema de Gestão de Segurança Operacional (SGSO) da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), enfatizou o valor dos registros de incidentes aeronáuticos para prevenção de acidentes e aprimoramento da segurança em operações aéreas na área. “É crucial que os operadores efetuem tais registros, independentemente se são de incidentes ou de segurança do trabalho. Precisamos estar cientes de como o sistema está funcionando para assim compreender seus desafios”, ela declarou.

O discurso do administrador de operações da Claiton Taxi Aéreo, Paulo Cavalcante, foi o destaque do segundo dia do evento. Sua discussão focou nos desafios envolvidos na operação da Região Amazônica, incluindo temas como infraestrutura aeroportuária, a necessidade de informações meteorológicas e a gestão das horas de trabalho. Cavalcante também tocou no ponto de muitas pistas de aterragem que estão inutilizáveis devido à má administração por parte das prefeituras.

Vários tópicos relevantes e específicos relacionados à região amazônica foram discutidos, e as apresentações obtiveram uma boa receptividade do público que frequentou as salas durante os dois dias de ocasião.

A psicóloga aeroespacial, Karine Calvma, vê o esforço da Anac como um indicativo de que a Agência está comprometida em estabelecer conexões mais estreitas com seus regulados na região. “Para mim, o evento representa um significativo marco, especialmente no incentivo à cultura de segurança aérea em uma área que necessita de maior exploração”, ela comentou.

O líder do Setor de Segurança Operacional da Anac, Bernardo Castro, concluiu o evento expressando gratidão pela participação do público e enfatizando o compromisso da Agência em intensificar a cultura de segurança operacional. “O evento foi meticulosamente planejado para aqueles que operam sob o RBAC 145 e 135. Era essencial estarmos presentes na Região Norte. Este momento de intercâmbio apenas enriquece a aviação no Brasil”, concluiu.

Dados provenientes da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)