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Boeing dificulta Airbus em alcançar seus objetivos

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As dificuldades com os motores de aeronaves e na Boeing acabaram colocando a Airbus em uma situação complicada, diminuindo seus objetivos de entregas. Atualmente, os produtos mais vendidos da Airbus são os jatos A320neo e A321neo, que incluem as versões de longo alcance deste último, A321LR e A321XLR.

Atualmente, as empresas de aviação podem escolher entre os motores CFM LEAP e Pratt & Whitney PW1100G. Contudo, a maior parte dos seus clientes tem dado preferência ao CFM, uma vez que a PW tem enfrentado dificuldades com motores da série PW1000G desde o ano da estreia comercial das aeronaves que os aproveitam, tais como os Airbus A220 regionais e Embraer E190/E195-E2.

No lado oposto do Oceano Atlântico, a Boeing emprega exclusivamente o CFM LEAP no 737 MAX e, apesar dos problemas recentes, tem incrementado a fabricação do avião, visto que os modelos MAX 8 e MAX 9 já têm autorização e precisam ser distribuídos o mais rápido possível para compensar as empresas aéreas pelos atrasos resultantes das suspensões de 2019 a 2020.

Portanto, a tensão está crescendo na CFM, que também está enfrentando desafios da cadeia global de suprimentos e seus fornecedores não têm capacidade para ampliar a produção.

Conforme apurado pela Reuters por meio de contatos internos na fabricante de propulsores, a corporação “planeja equilibrar ambas as partes, porém não tomará nenhuma ação que possa causar danos estruturais à Boeing. Certamente tentarão impor restrições à Airbus”.

Atualmente, as ordens pendentes para a família A320neo contam com 65% dos motores LEAP, uma proporção que anteriormente era quase igual com o PW1100G. Sem esses motores, a Airbus é incapaz de concluir a montagem e a verificação das aeronaves novas antes da sua distribuição.

Por isso, teve que prorrogar por um ano a meta de produzir 75 aeronaves mensalmente, que agora só deverá ser alcançada em 2027.